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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Fragmentos de férias

“Eu sempre faço uma besteira enorme:
Fico desperto enquanto o mundo dorme.
E eu hoje fiz outra besteira imensa:
Não pensei nada do que o vulgo pensa.”

(Besteira, Affonso Manta)


E quem sabe
Em algum destes versos
Em alguma destas palavras
Eu deixe escapar um pouco de mim?

Mais uma vez estou indo embora
E como é afeito a todas estas horas
Uma estranha melancolia ganha o peito
Situação essa, que me deixa meio sem jeito
Mas em outros momentos, algo normal...
Ir embora e voltar, sentimento virtual.

Diante das impossibilidades
Tive nuanças
Frente aos desafios
Desejei mudanças
Dos bons e maus momentos
Levarei lembranças.

Minha terra, minha cidade mística!
Toda sua mitologia, é a minha geografia
Toda sua religião, é a minha escuridão
As montanhas emocionais
Vejo-as ficando para trás
Vales de solidão
Não ganham mais o meu coração

Sentirei saudades outra vez?
Do teu córrego poluído
Dos teus anjos (e anjas) caídos?
Da tua Br 116...?

Talvez, em alguma destas palavras
Eu não tenha conseguido esconder
Os poucos dias de vida louca, intensa vida
Da qual tentei aqui viver

Agora vou ganhando meu cerrado
Assim vou esquecendo o meu passado
Agora caí a noite que um dia foi dia
Assim, vou deixando a tristeza e encontrando a alegria ...

Yon Macedo
Poções, Madrugada de 18/06/2009

Um comentário:

Maicon disse...

Belo poema! Veias de muita inspiração...