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terça-feira, 9 de junho de 2009

... a feminina

Ela tem uma gestualidade própria. Afirmação do corpo feminino, do corpo extremamente forte que só a feminilidade pode expressar. A força da vida feminina é sempre outra, indecifrável, inatingível... Ela tem graus de intensidade que não se pode alcançar. A questão nunca se refere ao alcançar; não é isso. Aproximar-se, fronteirar, misturar os ethos sem alcançá-los. Os gestos dela abrem fendas sem fundo nos cotidianos que a povoam. A feminina vai constituindo uma vida de extrema beleza, que escoa variavelmente. Em todo o tempo está vazada. Rompe diques e represas. Sangra eternamente. A sua força é a da dispersão. Essa beleza se espraia em si mesma, e alastra outros mundos que encontra no caminho. Oceanos desconhecidos. A diferença sem mediações. Não se trata de anatomia. O que pulsa são as areias movediças. Jeito de mulher.

Maicon Barbosa

2 comentários:

Fábio Pegrucci disse...

Olá novamente.

Estou aqui pela segunda vez para solicitar que vc mencione em MEU texto publicado em seu blog "Algo sobre as mulheres do Século 21 ..." os devidos créditos de autoria e fonte.

Tenho tido seguidos problemas dessa natureza com meus textos (gente que se apropria deles) e já estou consultando um advogado para tomar as medidas cabíveis.

Mas quero crer que vc não agiu de má fé (ao contrário de outras pessoas). Ainda aguardo sua resposta.

Fábio Pegrucci
fpcc@terra.com.br

Gabriela Guimarães Cavalcanti disse...

Oi.
Sem maiores curvas: teu blog é brando, bondelê. " A feminina" é uma pérola. Não a conheço, mas venho aqui visitar as pensatividades.