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sábado, 16 de outubro de 2010

Fragmento

A mesa posta e farta. Sorrisos contidos iluminam a antes obscura sala. A loucura, doravante, não é mais convidada a temperar a ceia. Agora, o asseio de tudo é percebido na limpidez das palavras, no comedimento do ar que circula, circunda e adentra no lar. Tudo cheira comida e austeridade. Nada trás saudades dos incensos insensatos que outrora invadiam as narinas e aprisionavam o coração.



Yon

2 comentários:

Bruno disse...

Um pouco de loucura, pra temperar o almoço, se não eu vomito.

Maicon disse...

Realmente, meu caro amigo, a sobriedade, por vezes, é um tempero de extrema importância. Algumas loucuras são indispensáveis para o almoço da vida, mas quando elas começam a minar as forças, levando para a abolição das potências, e produzindo servidões varias, talvez, seja hora de certas pitadas de lucidez.