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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Cicuta

O mundo vai se alargando

Tudo se cala

Aperto... aperto...

Vertigem

Vou ficando menor

A vida parou por um segundo,

Talvez dois

A noite segue silenciosa

Um falso poeta está sem sono

E sente coisas estranhas que apertam o peito

Anódina melancolia!

Febre e inércia de gente

O corpo pesa insuportavelmente e cai

As palavras são as minhas únicas companheiras nessa imensidão

Vou dançar com elas, pois a música já transborda tudo

Hoje, é uma dança lenta, triste e misteriosa

Vagarosidade de agora e despretensão

Ângulos do caos de dentro


Maicon Barbosa

3 comentários:

Juliette disse...

Só os grandes e verdadeiros poetas perdem o sono e sentem coisas estranhas no peito, meu caro! Os medíocres sempre dormiram/ão tranquilos... não se abalam nem mesmo com um terremoto.

pensatividades disse...

Poxa, é muita covardia ... eu tomei cicuta a noite toda e não morri ...Mas inventei de comentar esse lindo texto...deixe-me ver...an an an o que dizer???Porra, porque vc não teve a coragem de Socrates ?? Porra ...eu também não tenho!! nunca mais vai haver filosofos,nunca mais haverá poetas, o mundo já acabou há mui tempo !!O q estamos esperando mesmo??

Yon

Emanuelle disse...

É verdade, Hell.
Só os grandes poetas vivem de Caos, "mesmo quietinhos".