A idéia de escrever sobre liberdade surgiu das minhas vivências, experiências e conflitos internos e externos. A leitura de alguns textos de Sartre estimulou-me ainda mais a lançar novos olhares sobre esse tema, sobretudo no contexto da minha vida, nas minhas relações com as pessoas, o mundo e as idéias que circulam dentro dessas micropolíticas cotidianas.
Longe de me aventurar em conceitos fenomenológicos, quero fazer uma leitura mais próxima do vocabulário comum, procurando não me perder em demasiadas abstrações.
Dito isso, cabe-me por fim adentrar nas minhas idéias, em busca daquilo que tenho como liberdade e suas implicações.
Desde muito pequeno tenho escutado as pessoas falarem: sua liberdade termina onde começa a liberdade do outro. Logo, demarcavam-se para mim os limites de ser livre. Como há muitas pessoas no mundo, eu olhava para todos os lados e sentia-me em uma prisão. Naquele momento eu tinha a liberdade como um fenômeno meramente físico, de forma que, quanto mais pessoas tivessem em torno de mim, menor seria a minha liberdade. Depois pude perceber que as coisas não eram assim tão nítidas. Existiam leis, regulamentos explícitos e implícitos, códigos de ética, de conduta, e uma parafernália moral para limitar a liberdade do indivíduo. Talvez a minha liberdade não terminasse realmente onde começava a liberdade do outro, mas muito antes disso. A partir daí comecei a vislumbrar um mundo cheio de prisões e controles, um mundo em que na maioria das vezes, não tínhamos escolhas e nem poder sobre nossas próprias vidas.
Hoje vejo a liberdade sob outros aspectos, ainda mais sutis e imperceptíveis. Para mim, existem coisas das quais independente da minha vontade, não consigo furtar-me. O problema é que nem sempre esses impulsos se conciliam com as minhas vontades, com meu ideal, o que acaba por gerar conflitos.Com isso, chega o momento da escolha, talvez nesse ponto Sartre nos têm como livres, mas ao meu ver, acabo tornando-e escravo daquilo que triunfa no conflito.
YON MACEDO
(TEXTO EM CONSTRUÇÃO)
2 comentários:
É foda tornar escravo de um conflito, é imperceptível, mas no final a gente sempre sente até que ponto poderíamos ir e não fomos.
A liberdade não é feita pelos sistemas e sim pelo proprio homem.
O ser Humano hoje está preso em si mesmo, em seus conflitos socias e psicológicos, somente ele deve se libertar.
Postar um comentário