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quarta-feira, 7 de maio de 2008

Insignificâncias

Ventania arrasta o chão, move tudo.

Poeira que dissolve, agora estou.

Beleza brusca, árida.

Oxigênio ácido.

Enxurrada de quases, poças de possíveis.

Insignificâncias que se multiplicam.

Instantes de flutuações, confusões e tumultos doces.

Correrias imóveis e prelúdios sempre eternos...

Esboço inacabado, aberto, agora estou.

Continuo incompleto.

Não desejo a completude.

Redesenho-me incessantemente, e misturo as partes, cores, texturas, gritos...

Tornados passam por dentro, entre e fora de mim, de nós.

Outras músicas ressoam depois dessas movimentações.

Às vezes o trânsito da vida vai insignificando tudo.

Maicon Barbosa




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